segunda-feira, 30 de abril de 2012

O LÚDICO COMO FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO—APRENDIZAGEM ESCOLAR INFANTIL

O LÚDICO COMO FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO—APRENDIZAGEM ESCOLAR INFANTIL Artigo cientifico apresentado a Faculdade de Educação da FINOM, como requisito parcial para a orientação do titulo de especialista em Educação Infantil. O LÚDICO COMO FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM ESCOLAR INFANTIL RESUMO Este artigo tem como objetivo analisar a importância do lúdico como facilitador no processo ensino aprendizagem escolar infantil e assim alertar o educador da problemática existiu no ato de ensinar, onde a aprendizagem está se tornando cada vez mais difícil. Os jogos e brincadeiras podem ser a saída para tal problema. A ludicidade é muito importante para o ensino e a aprendizagem dos alunos desenvolvendo o emocional e o intelectual. Para realizar esse estudo foi elaborada uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto baseando-se nos autores Antunes, (1998); Cunha, (2001) e Vigotsky, (1988). A partir da realização deste estudo pode-se entender que, os educadores, precisam com urgência introduzir o lúdico em seus planejamentos e usá-los no processo de ensino-aprendizagem escolar. Palavras Chaves: Lúdico. Aprendizagem. Alunos. Desenvolvimento e Educador. Introdução Este artigo tem como tema a importância do lúdico no processo ensino-aprendizagem escolar infantil. Este trabalho relata estudos feitos por alguns autores sobre o lúdico em sala de aula e alertando os educadores para o problema da aprendizagem escolar o qual se tornaria mais fácil com a ludicidade, com jogos e brincadeiras. Os jogos e as brincadeiras tem como objetivo auxiliar no ensino e na aprendizagem desenvolvendo a motricidade e ajudando no desenvolvimento psicomotor da criança. O lúdico se faz necessário quando o professor não consegue chegar à aprendizagem dos alunos no seu planejamento que costuma adotar. É preciso mudar de metodologia e assim, a ludicidade pode fazer a diferença. Este estudo se justifica devido à necessidade de se brincar meios para alcançar uma boa aprendizagem escolar introduzindo o lúdico no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Ok! O lúdico transmitido à criança desde pequena e de forma expressiva, sendo aprendida pela criança de forma natural e espontânea torna-se capaz de desenvolver habilidades intelectuais e motoras importantes para o seu crescimento e desenvolvimento como pessoa. O brinquedo e os jogos são essenciais para que a criança se sinta equilibrada com o mundo.oK! Nas pesquisas feitas pelos autores Cunha, (2001); Antunes e Vigotsky (1988) pode-se perceber que a ludicidade é muito importante não só para as crianças, mas também para os adultos. Comentam ainda que o brinquedo estimula a curiosidade e a criatividade dando autoconfiança proporcionando a aprendizagem dos alunos. A criança tem necessidade de brincar, pular, correr e jogar. As atividades recreativas podem “contribuir para um desenvolvimento físico mental e social”. Antunes (1988). É nesse sentido que de discorre este estudo visando o lúdico, como alternativa para se ensinar e aprender na vida e na escola.oK! Desenvolvimento O lúdico fascina a criança, motivando-a para a aprendizagem. A ludicidade traz alegria, força, ajudando no bom desenvolvimento do equilíbrio, coordenação global e especifica, contribuindo na aprendizagem e no aumento da capacidade pulmonar, além de estimular a “criatividade”. A firma Antunes (1998). Nos primeiros anos, a forma social do “escolar”, é o brinquedo em grupo, e com o passar dos anos começam aparecer diferenças na estrutura do corpo e no social: os meninos formam grupos grandes e companheiros e as meninas se deixam levar por simpatias pessoais e grupos pequenos. Na idade escolar a criança mostra grande necessidade de excitações afetivas, e com sua viva imaginação, inventa historias e as enfeita, desempenha papeis contados ou falados possui caráter expressivo. Continua Antunes (1988). O fascínio e o desafio de explorar e partilhar os nossos bens mais ricos e pessoais – alegria na descoberta, os conhecimentos que possuímos os momentos de aprendizagem que proporcionamos [...] por que diariamente procuramos dar continuidade ao tal tempo em que a infância continue a brincar. (RUBEM ALVES: 2001 p.71). O educador precisa ter alegria, disposição e entusiasmo para o trabalho. Deve aceitar as sugestões das crianças, dando oportunidade para criar novos movimentos. OS educadores devem ser pacientes e compreensivos, trabalhar com alegria dando continuidade à infância e as brincadeiras. Durante as aulas, o professor deve usar um vocabulário no nível dos alunos, porem corretos, sem gírias, palavrões ou palavras ofensivas, explicando com clareza, colocando os alunos sentados de costas para o sol de maneira que todos possam vê-lo quando for explicar a atividade. Para organizar uma aula recreativa é necessário verificar o local, e espaço, para não provocar acidentes. È preciso também ser sincero e objetivo, tendo uma boa conduta, pois as crianças são bons imitadores. No final da atividade, não usar eliminação ou prendas, por que a criança que é eliminada é a que representa dificuldade na execução, ficara cada vez mais afastada da atividade física ou recreativa. Antunes (1988). A Importância do Brinquedo para o Desenvolvimento Infantil Os educadores precisam inteirar-se da importância do brinquedo para que a criança tenha um bom desenvolvimento psicológico e corporal. O brinquedo é uma atividade que possibilita a criança da zona do desenvolvimento proximal, permitindo que a criança construa novos saberes estabelecidos pela aprendizagem escolar. Vigotsky aborda a questão do brinquedo, empregando este termo num sentido amplo, referindo-se ao ato de brincar. A brincadeira do faz de conta na discussão sobre o papel do brinquedo, corresponde ao jogo simbólico estudado por Piaget (apud Oliveira. 1997 p 66). Essa é uma brincadeira comum nas crianças na fase pré-escolar. A brincadeira não é característica da infância, ela é um processo secundário, mas exerce grande influência no desenvolvimento infantil. Se o brinquedo não for adequado a idade da criança, ela não terá prazer em brincar. Através da brincadeira, a criança também desenvolve sua função psicológica superiores, aprendendo a atuar numa esfera cognitiva. Ela passa a utilizar materiais que servirão para representar uma realidade ausente, ou seja, ela será capaz de pensar em objetos ausentes, planejar ações a serem realizadas pelos processos mentais superiores. O brinquedo acarreta mudanças no desenvolvimento psíquico da criança preparando-a para atingir um elevado nível de desenvolvimento. O grande desafio do brinquedo é compreender, a partir da origem e da formação do próprio brinquedo, as conexões psíquicas formadas na criança durante o tempo em que o brincar é a atividade principal. A criança, assim como o homem tem necessidades a serem supridas, ressalta Oliveira (1997). Segundo Vigotsky (1998: p.72). “O intervalo entre um desejo e sua satisfação é extremamente curto”, porque nenhuma criança pensa em realizar suas atividades para ter resultados em longo prazo. A criança usa o brinquedo para realizar sue desejos não realizáveis, solucionado com ilusão e imaginação seus desejos que não podem ser realizados. Crianças muito pequenas não entram no mundo ilusório, pois a imaginação é um processo psicológico com certo nível de consciência que os pequeninos não tem. Por isso dizemos que as brincadeiras de faz-de-conta é característica das crianças em fase pré-escolar. A brincadeira consiste no fazer, ou seja, no conteúdo da apropriação. “Toda ação tem um objetivo consciente para o qual ela se dirige” (Vigotsky: 1998 p.125). Como exemplo, temos a brincadeira do cavalo que substitui o cavalo por um pedaço de pau, ou seja, o pau passa a ser o cavalo, ao qual ela não tem acesso. Ela substitui um objeto acessível a ela pelo cavalo de verdade em suas brincadeiras. A importância do brinquedo para a criança é tão grande que pode ser comparada à importância da alimentação. O brinquedo estimula a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança. Proporciona aprendizagem, desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da sociabilidade, da concentração e da atenção. Os brinquedos são alimentos para a fome de conhecer da criança. Os brinquedos proporcionam o aprender – fazendo, e para ser melhor aproveitado é conveniente que ofereçam atividades dinâmicas e desafiadoras, que exijam a participação ativa da criança. (VIGOTSK, 1998:75). É necessário ressaltar que o adulto pode atuar como colaborador e incentivador, enriquecendo o brincar da criança, mas nunca pode deixar de respeitar sua iniciativa, suas preferências, seu ritmo de ação e suas regras de jogo. A criança deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a exploração não seja o que esperávamos. É preciso cuidado para que a intervenção do adulto não interrompa a linha de pensamento da criança e não atrapalhe a simbolização do que esta fazendo. O brinquedo é o trabalho da criança. A criança que brinca será um adulto trabalhador. O habito de guardar os brinquedos também pode ser desenvolvido e trabalhado pelo professor. Quando o educador tem o costume de, constantemente e naturalmente, guardar as peças com carinho depois de utilizá-las, automaticamente a criança adquire o mesmo hábito. O brinquedo é um dos elementos que cria um desenvolvimento psíquico e leva a criança a agir num mundo imaginário dando significado à brincadeira e não aos elementos reais presentes. (VIGOTSKY ,1998:128). Como os Jogos e as Brincadeiras Podem Ajudar no Desenvolvimento de Alunos com Deficiência Conforme Cunha (2001), nos mostra os jogos, brinquedos e as brincadeiras no processo de ensino aprendizagem escolar são fundamentais. Por meio de atividades lúdicas podem-se conseguir melhores resultados no desenvolvimento escolar dos alunos com ou sem necessidades especiais. Por ser o brincar essencial ao desenvolvimento global do ser humano é importante que todas as crianças brinquem. Para o brincar acontecer de forma plena e nutritiva, as características da criança e suas necessidades especiais, precisam ser consideradas e atendidas. Cada brinquedo é um convite para um tipo de interação, razão pela qual, é importante que se faça uma analise dos brinquedos que se colocam a à disposição das crianças. Se eles representam desafios, que sejam desafios que sejam compatíveis com o potencial de quem irá manuseá-los. A alegria é uma sensação muito saudável, pois o sentimento de felicidade provoca a manifestação de potencialidades, desperta a coragem para enfrentar desafios e a motivação para criar; é, portanto um fator para operatividade. Por isso, as situações lúdicas são excelentes oportunidades de estimulação do desenvolvimento e, particularmente, para que se atendam as necessidades especiais. Normalmente a criança brinca por motivação própria, mas, quando se trata de uma criança portadora de necessidades especiais, pode acontecer que a motivação não ocorra espontaneamente. Nestes casos precisa-se despertá-la usando a “sensibilidade”, para seus sentimentos e necessidades, conhecimento, sobre recursos pedagógicos, brinquedos e desenvolvimento infantil e “criatividade”, para despertar a motivação. As brinquedotecas surgiram para estimular o brinquedo livre, para propiciar o brinquedo que possibilita a expressão das necessidades mais profundas do ser humano, aquelas que, embora desconhecidas, podem estar bloqueando a liberação de potencialidades ou impedindo o acesso à felicidade. Quando 0bserva-se um grupo de crianças entrando na brinquedoteca, correndo e explorando o espaço para logo depois envolver-se com a maior seriedade num determinado brinquedo, certifica-se da maior importância da preservação da liberdade de escolha. Entretanto, pode ser bem diferente o que acontece quando se trata de crianças portadoras de deficiências graves, pois, um certo nível de percepção e de compreensão são necessários para que os estímulos existentes no espaço constituam desafio à participação da criança. Nestes casos é necessária uma introdução à atividade lúdica, é preciso apresentar o brinquedo à criança e mostrar o que se pode fazer com ele. Brincar junto com ela pode oferecer alguma satisfação quando ela não é capaz de desenvolver sozinha a atividade, enfrentando os obstáculos. Em função disso... Para aprender, as crianças portadora de Necessidades Especiais precisa de obstáculos significativos e adequados mas o aspecto afetivo interfere bastante no processo cognitivo; enquanto o auto conceito não estiver positivo, poderá haver bloqueio à aprendizagem. A seleção dos brinquedos é muito importante porque a proposta neles contidas pode humilhar a criança solicitando ações que ela não possa realizar. (CUNHA, 2001: p.79) Nesse pensamento, entende-se que, o medo do fracasso pode criar a tendência de usar sempre o mesmo brinquedo, buscando conforto no brinquedo de que ela gosta, e fugindo dos brinquedos que lhe oferece obstáculos e desafios. A brinquedoteca é o lugar ideal para se observar e avaliar a criança, respeitando a escolha da criança em relação aos brinquedos. Conclusão O trabalho realizado sobre o lúdico facilitador no processo ensino-aprendizagem foi de grande importância, enriquecendo nossa vida acadêmica e descobrindo habilidades fundamentais para a aprendizagem dos alunos. De acordo com os dados obtidos constata-se que o lúdico exerce um papel fundamental na interação professor-aluno e na aprendizagem escolar, pois todos os aluno e professores dedicaram muito em todas as atividades lúdicas realizadas nesse estudo A partir dos aspectos expostos aqui, conclui-se que a maioria dos professores possui uma percepção adequada em relação ao lúdico de acordo com os conceitos e os autores pesquisados. Assim sendo, a escola e, principalmente, a educação infantil precisa reconhecer o lúdico como aliado, utilizando-o para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem da criança. Referências ANTUNES, Celso. Jogos para a Estimulação das Múltiplas Inteligências. 10° ed. Petrópolis: Vozes. 1998. ALVES, Rubem. A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar. Petrópolis, Vozes, 2001. ALMEIDA, Anne. Lúdicidade Como Instrumento Pedagógico. htttp://www.cdof.com.br/recrea22.htm. Acesso em 19/09/2009. CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca - Um Mergulho no Brincar. 3ª. ed. Vetor, S. Paulo, Brasil, 2001. GADOTT, Moacir. A Organização do Trabalho na Escola: Alguns Pressupostos. São Paulo: Editora Ática, 1993. OLIVEIRA, Vera Barros de. O Símbolo e o Brinquedo. Petrópolis: Vozes, 1992. SANTOS, Marli Pires dos. Brinquedoteca – O Lúdico em Diferentes Contextos. Rio de Janeiro: Vozes, 1997. VIGOTSKY, Lev. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998. ANEXO FINOM – FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS PROMINAS – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Relatório de avaliação Trabalho de Conclusão de Curso - TCC Aluno(a): Título: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO—APRENDIZAGEM ESCOLAR INFANTIL CURSO:EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE DE ESTUDO: SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA -GO Critérios de avaliação Nota – de 0 a 10 Tema e Título: - Rigor Científico: - Nível de Textualidade: - Conteúdo: - Formatação e Estrutura: